Gostaria de aproveitar a carona na repercussão do anúncio da próxima capa da revista The Economist (veiculada 26/se/2013) - onde eles destacam a economia brasileira na capa de forma negativa - para compartilhar com vocês um conceito muito interessante e importante: a Teoria das Capas de Revistas.
Antes que os mais céticos "torçam o nariz", ressalto que essa teoria, apesar de não ser quantificável, foi profundamente estudada por vários acadêmicos, principalmente, ao longo do início do século passado. Inclusive, há um tópico sobre esse assunto no livro do Kirkpatrick, um dos livros mais importantes da Análise Técnica, o qual eu fiz a tradução de um trecho para vocês.
Veja abaixo:
“Os meios de comunicação cobrem as notícias porém com um forte viés. Eles vendem a notícia para aqueles que estão interessados nela. Se o mercado de ações está no auge e pronto para uma reversão e entrar em uma tendência de queda, por exemplo, os meios de comunicação muito provavelmente não anunciaram o perigo mesmo que eles saibam da sua existência. Ao invés disso, eles irão enfatizar que o mercado está subindo e como ele está forte. Eles querem que as pessoas ouçam, leiam e concordem com o que eles veiculam, mesmo porque esse tipo de business não daria certo se eles publicassem notícias contrárias ao que a massa acredita. Esse modelo de negócio tem como objetivo fornecer aos seus assinantes o que eles querem. Portanto, quando as principais revistas, como por exemplo, Time, Newsweek, U.S. News and World Report, Barron’s, The Economist ou BusinessWeek, incluirem em sua capa um artigo sobre o mercado de ações, em alta ou em baixa, eles estaram apenas enfatizando o que o público acredita e já sabe – e como foi mostrado anteriormente aqui no livro, o público na maioria das vezes está errado, pelo menos nos extremos das tendências. Por essa razão, essas matérias de capas de revistas normalmente ocorrem próximas ou no ponto das grandes reversões de um mercado de ações.”
Fonte: Kirkpatrick, Charles and Dahlquist, Julie. Technical Analysis: The Complete resource for Financial Market Technicians; (c) 2007.
Tradução: André Mendonça, CNPI-T, e Caio Bizerril.
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No mais... thank you for let me know, The Economist.
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